<em>Imprejornal</em> em greve
Os trabalhadores da Imprejornal paralisaram a laboração na empresa em protesto contra a supressão dos direitos laborais e manifestam-se dispostos a continuar em luta.
Todos os trabalhadores aderiram à paralisação
A greve, decidida no passado dia 11em plenário pelos 48 trabalhadores da gráfica pertencente ao Grupo Impresa, decorreu entre quinta e sábado da última semana e contou com a adesão da totalidade dos funcionários em ambos os turnos.
Em declarações ao Avante! no arranque da contestação, Daniel Ribeiro e Orlando Martins explicaram que o que está em causa é a «salvaguarda dos direitos dos trabalhadores», preocupação manifestada atempadamente e «de forma unânime por todos junto da administração sem que esta tivesse dado qualquer resposta ou se tivesse preocupado em garantir junto do comprador a manutenção do actual contrato colectivo, tal qual exigimos».
A Imprejornal foi recentemente vendida pela Impresa ao Grupo Mirandela – Artes Gráficas. Apesar de só a partir de Setembro próximo a nova administração entrar em funções, os trabalhadores já se reuniram com um representante dos futuros proprietários e ficaram a saber, de viva voz, que «quem quiser integrar o projecto, “muito bem”, quem não quiser, vá embora ou então andará por aqui até morrer», contaram os trabalhadores. Acresce que um dos actuais membros da direcção da Imprejornal confidenciou que «se tivéssemos colocado isso [a manutenção dos direitos em vigor] à Mirandela, hoje nem sequer havia negócio fechado».
«Como sabemos que a Mirandela não se pauta pelas boas práticas no que diz respeito ao cumprimento dos direitos laborais, decidimos empreender esta forma de luta e vamos mantê-la, todas as quintas e sextas feiras, até que sejam atendidas as nossas reivindicações», continuaram.
Papel de patrão
A Mirandela é uma empresa do sector das artes gráficas que, ao que tudo indica, parece assumir com severidade e rigor o papel de patrão.
Segundo denunciou em comunicado datado de 12 de Julho o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa, afecto à CGTP-IN, «os trabalhadores decidiram avançar para a greve porque recusam algumas das medidas que a Mirandela pretende implementar, nomeadamente horários de trabalho de 12 horas diárias».
No documento, o sindicato denuncia ainda outras medidas impostas pela empresa noutros locais de trabalho, entre as quais, a decisão unilateral de «reduzir os salários dos seus trabalhadores (não incluí para já a Imprejornal) para 450 euros, passando a parte deduzida a ser paga por uma companhia de seguros». «Esta medida, para além de ser ilegal, provoca graves prejuízos aos trabalhadores e afecta as reformas e outras prestações sociais atribuídas pela Segurança Social», acrescentam.
A estrutura afirma que «está a desenvolver esforços junto dos organismos com poder de intervenção no sentido de se anular a decisão da empresa», mas conclui que «são estas medidas e exemplos que levam os trabalhadores da Imprejornal a exigirem garantias para manterem os seus direitos».
Em declarações ao Avante! no arranque da contestação, Daniel Ribeiro e Orlando Martins explicaram que o que está em causa é a «salvaguarda dos direitos dos trabalhadores», preocupação manifestada atempadamente e «de forma unânime por todos junto da administração sem que esta tivesse dado qualquer resposta ou se tivesse preocupado em garantir junto do comprador a manutenção do actual contrato colectivo, tal qual exigimos».
A Imprejornal foi recentemente vendida pela Impresa ao Grupo Mirandela – Artes Gráficas. Apesar de só a partir de Setembro próximo a nova administração entrar em funções, os trabalhadores já se reuniram com um representante dos futuros proprietários e ficaram a saber, de viva voz, que «quem quiser integrar o projecto, “muito bem”, quem não quiser, vá embora ou então andará por aqui até morrer», contaram os trabalhadores. Acresce que um dos actuais membros da direcção da Imprejornal confidenciou que «se tivéssemos colocado isso [a manutenção dos direitos em vigor] à Mirandela, hoje nem sequer havia negócio fechado».
«Como sabemos que a Mirandela não se pauta pelas boas práticas no que diz respeito ao cumprimento dos direitos laborais, decidimos empreender esta forma de luta e vamos mantê-la, todas as quintas e sextas feiras, até que sejam atendidas as nossas reivindicações», continuaram.
Papel de patrão
A Mirandela é uma empresa do sector das artes gráficas que, ao que tudo indica, parece assumir com severidade e rigor o papel de patrão.
Segundo denunciou em comunicado datado de 12 de Julho o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa, afecto à CGTP-IN, «os trabalhadores decidiram avançar para a greve porque recusam algumas das medidas que a Mirandela pretende implementar, nomeadamente horários de trabalho de 12 horas diárias».
No documento, o sindicato denuncia ainda outras medidas impostas pela empresa noutros locais de trabalho, entre as quais, a decisão unilateral de «reduzir os salários dos seus trabalhadores (não incluí para já a Imprejornal) para 450 euros, passando a parte deduzida a ser paga por uma companhia de seguros». «Esta medida, para além de ser ilegal, provoca graves prejuízos aos trabalhadores e afecta as reformas e outras prestações sociais atribuídas pela Segurança Social», acrescentam.
A estrutura afirma que «está a desenvolver esforços junto dos organismos com poder de intervenção no sentido de se anular a decisão da empresa», mas conclui que «são estas medidas e exemplos que levam os trabalhadores da Imprejornal a exigirem garantias para manterem os seus direitos».